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A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

Tenho medo de nunca vir a ter uma carreira

 

Agora com 30 anos olho para trás e não sei se faria tudo igual.

 

Estou a terminar o meu curso de Marketing e vejo-me num ponto em que sou júnior na área mas tenho uma bagagem de 9 anos de trabalho que não sei onde colocar.

Não sei como vender-me.

 

Fiz um curso com 100% de empregabilidade na Universidade Nova de Lisboa.

Fui uma das 5 melhores alunas, ganhei prémios e certificações.

Estive numa das melhores empresas de consultoria do mundo.

Vivi dois anos na América do Sul.

 

E então?

O que isso fez por mim?

Ou eu é que não sei fazer por mim?

 

De vez em quando vou enviando cv's a medo, como se não quisesse progredir.

Acho que as pessoas olham para mim e vêem alguém com medo do compromisso.

Com medo da responsabilidade, do trabalho.

Uma menina dos papás que tem tudo e não precisa de se preocupar com nada.

 

Agora percebo porque dizem que a maternidade salva muita gente.

Acho que o facto de estar confortável e não ter uma real necessidade me faz ficar assim, quieta.

 

Por outro lado sempre fui boa no que fiz, apenas me canso passado uns tempos.

Sou profissional no que faço e tenho metodologias no trabalho.

 

E então?

Em que ficamos?

 

Também já pensei em adaptar o Marketing à minha área, que é possível, mas isso tornar-me-ia novamente mais técnica e ainda que saiba que é isso que dá dinheiro, já sei que é disso que não gosto.

 

Vejo os outros colegas do curso a conseguirem ser colocados em departamentos de Marketing e isso deixa-me mais tranquila.

Talvez haja mesmo um espaço para mim por aí.

 

Preciso construir o meu império e o momento é agora.

Não vou ter as redes de protecção para sempre.

 

As pessoas morrem, e eu já vi isso a acontecer este ano pela primeira vez.

Fez-me rever as minhas prioridades e perceber que se calhar um dia vou ficar sozinha e velha e nesse momento não me quero arrepender da vida que levei.

 

Que frustração!

 

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