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A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

Porque estou sempre a precisar de atenção?

Todos os dias quando acordo a primeira coisa que faço é pegar no telemóvel para ver as horas.

A segunda é começar a abrir as várias aplicações para ver se tenho alguma mensagem.

Whatsapp, Instagram, Email e Facebook.

Hoje não tinha nenhuma.

Ontem também não.

Dei por mim a sentir aquele desconforto no estômago como se algo de errado tivesse acontecido sabem?

Esse desconforto começou a evoluir para uma ligeira apatia e desconcentração que me obrigava a ver o telemóvel de minuto a minuto e a produzir zero.

Neste momento sinto-me deprimida e sem vontade de fazer nada.

Na última semana tenho trocado várias mensagens com um rapaz que conheci online, mas como tudo na vida a conversa esgota-se.

Pelo facto de alguém me ter dado tanta atenção e agora isso já não acontecer com tanta regularidade deixa-me triste.

E não tem a ver com o facto de ter muito ou pouco para fazer porque tenho tantas coisas que podia fazer, mas não me apetece fazer nada, só ficar a namoriscar ao telemóvel e a suspirar.

Com isto fico a pensar: será que sofro de síndrome de abandono?

Parece que não importa o que alguém tenha para me dar, se não der sempre e constantemente eu já começo o drama e a depressão?

Sou tão dependente de tudo o que me sabe bem, porquê?

É que depois é esta depressão que me faz ir procurar conforto em coisas como álcool ou drogas.

Durante a quarentena passava a vida alterada não suportava a ideia de estar sozinha em casa.

Hoje em dia controlo-me mais mas a toda a hora procuro soluções para amenizar este sentimento, tenho de andar sempre a criar mentalmente recompensas para ter vontade de fazer alguma coisa, é esgotante.