O fim (poema)
não me peçam para ser menos do que vejo
no fundo desejo
nem ver nem saber
mas que posso eu fazer
se cabem em mim todos os problemas do mundo?
no fundo não posso desejar ser menos
que varias células com membrana
para que possa considerar-me humana
viver e respirar
absorvendo o ar dos outros
que com ele trazem suas dores.
aos poucos sei e sinto
que irei, apesar de tudo, partir
e ai descobrir um outro caminho
ou então apenas um diferente destino
para o mesmo sofrimento.
que seja então como deus quiser
quem diz deus, diz outra coisa qualquer
que esteja aqui para me fazer ver
o caminho a seguir.
Podenga