O contrário do amor não é o ódio, mas sim a indiferença.
O contrário do amor não é o ódio, mas sim a indiferença.
Amor e ódio estão em patamares semelhantes, em pontas opostas, mas no mesmo nível.
A indiferença é um prato frio, um prato que nem se serve por nem se querer contacto com o outro, aliás, por nem se pensar no outro, por nem importar a sua existência!
É um prato deixado, desejado pelo amante, mas retido no amado, que indiferente, não oferece.
A indiferença ao próximo consciente ou inconsciente, fá-lo sentir-se resumido à sua insignificância, sem lugar na vida do outro, sem preocupação do outro.
É como se existisse para todos menos para a pessoa para a qual quer existir.
Tenta ser vista, mas sem resultado. Tenta chamar a atenção através do bem, mas também do mal.
O ignorado se não tem força emocional para aceitar a rejeição vai-se abaixo.
Questiona-se a si, ao outro, aos outros.
Pede insaciável pela aprovação de todos, mas nunca é suficiente, mesmo que a tenha, se não vier da pessoa que o ignora.
Ser ignorado é água que rega as plantas da insegurança e do medo.
Nós escolhemos se deixamos essa rega acontecer.
Há vezes mais fáceis que outras, porque nem sempre a indiferença parte do principio, do primeiro contacto.
Muitas vezes a indiferença vem com memórias.
A chamada rejeição traz alavancada momentos vividos, promessas que não se cumpriram.
Esse cocktail de expectativas rompidas e de despejo do lugar que se ocupava no outro é ainda pior.
Abala mais o coração, porque já soubemos como é ter relevância para aquela pessoa que hoje não quer saber de nós.
Seja como for, é sempre tramado ser ignorado.
O que vale é que o tempo vai tornando tudo mais relativo.
Vai-lhe tirando dimensão.
Um grande problema hoje, pode ser algo que nem nos lembremos daqui a 1 mês.
E isso é uma dádiva que nos devemos lembrar que temos, nas horas mais difíceis.
Foi só um desabafo.
Beijos,
Podenga