O amor próprio é a CHAVE!
Encontrei este texto que já escrevi há algum tempo, mas que continua a fazer sentido para mim.
Felizmente lendo o que escrevi sinto-me bem por ver evolução nas minhas acções e perceber que já consigo por em pratica as coisas em que acredito.
Na conversa com um amigo um dia destes eu perguntava-lhe
"Porque só me atraem homens que só me querem usar e eu só atraio homens que querem namorar comigo?"
A realidade é esta.
Quem eu gosto não gosta de mim e quem gosta de mim eu não gosto.
Mas porque será assim?
Porque só gosto de quem não cuida de mim e vejo como fraco quem faz tudo por mim?
Porque nós aceitamos o amor que consideramos que merecemos.
É um problema de amor próprio.
Por exemplo, os pais nunca estão contentes com os namorados/as que os filhos arranjam correcto?
E porque será?
Porque consideram-nos o bem mais precioso do mundo e que nenhum outro ser-humano estará ao nosso nível (até aos 30 anos, depois disso qualquer um serve porque o tempo começa a apertar ahahah brincadeirinha)
Portanto, se eu aceito que os homens não se esforcem minimamente por mim e que basta haver click para me entregar de bandeja é porque o valor que me dou é muito pouco.
Eu nunca vou ter homens a acharem-me a ultima bolacha do pacote se EU não me achar (e comportar) como a ultima bolacha do pacote.
Outra verdade: somos nós que mostramos aos outros como eles nos devem tratar.
Tenho de demonstrar os meus standards.
Aquilo que aceito e não aceito que me façam. Delinear limites.
Tenho de demonstrar claramente o que gosto e o que não gosto, de forma assertiva, ser ser demasiado passiva nem demasiado boazinha, nem too polite nem demasiado atacante, bruta, presunçosa, mimada.
Não é fácil arrancar hábitos enraizados da nossa personalidade, é obviamente um processo que leva tempo.
Também outra coisa que faço inconscientemente e que me afecta no meu relacionamento com os outros é: ter pressa.
Sou ansiosa demais.
Se alguma coisa não corre do meu agrado tenho sempre o impulso de ser agressiva.
Levo tudo como ataque, quando se calhar bastaria fazer algumas perguntas para perceber que a decisão que a pessoa tomou pode nem sequer ter a ver comigo.
Isto por um lado ajuda-me a demonstrar à pessoa como quero ser tratada e por outro mostra-lhe que consigo ser alguém com empatia e maturidade para me tirar do centro do meu mundo e por-me na pele do outro.
Bom, acho que acabei por divagar.
Pode ser que ainda pegue neste texto e o descasque.
Beijos