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A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

Mãe (ii)

Gosto tanto de ti

Que dói

Não mata

Mas mói

O meu coração

Que outra opção

Existe

Para aquele que assiste

Ao milagre da vida?

Ficar recolhida

Ao livre acto de parir

Deixar de ouvir

Os pássaros a cantar?

 

Gosto tanto de ti

Que tenho medo

Deste meu apego

Que cada dia é maior

E se vai tornando em dor

Por não ter onde caber

 

Gosto tanto de ti

Que me custa a respirar

Sem me certificar

Que também o fazes

São acções fugazes

De mães capazes

Contudo medrosas

Em noites que por serem silenciosas

Assustam

 

Gosto tanto de ti

Que nem consigo pensar

Em nada que não me estremeça

Agora que o meu coração ganhou pernas

Sei que vão ser eternas

As minhas dores de cabeça.

 

By: Podenga