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A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

Insegurança nas relações

Ai que ódio que me dá ter de andar a formar planos de actividades para os meus neurónios se abstraírem de pensarem em tal pessoa!

 

Que ódio que me dá já não saber quem sou e o que realmente quero.

Caiu-me bosta em cima e por mais que limpe já não consigo sentir o cheiro original das coisas.

Já não sei se quero mesmo ir aquela festa de verão ou se só quero porque sei que o Mr. Wrong lá vai estar.

 

Sinto-me nervosa com ele por perto, e com ele longe.

Passo a vida a verificar há quanto tempo está online.

Quando está online, nunca me fala, mas para mim parece sempre uma grande surpresa.

Começo a deixar de ter o telemóvel perto para não ter a paranóia de estar sempre a olhar para ele.

 

Sempre que algo corre menos bem eu fico logo a imaginar que ele já não quer estar comigo e anseio pelo próximo encontro para "remediar" a situação com outra muito melhor.

Como se fosse isso que decidisse a atenção que ele me vai dar ou amor que vai nutrir por mim.

Passa horas sem me dizer nada e eu vou mirrando como se estivesse sem comer há dois dias, mas basta enviar-me uma mensagem querida e já fico satisfeita como se me empanturrasse com um banquete.

 

Quando o encontro em algum lado finjo que estou na boa e muitas vezes até sou fria quando para outros sou toda charmosa e divertida, querendo passar-lhe a ideia que ele não me afecta minimamente, mas depois faço tudo o resto errado.

 

Isto chama-se insegurança.

Insegurança porque todo o corpo já percebeu que esta pessoa não transmite confiança, mas a burrinha insiste, aproveitando-se de desculpas esfarrapadas para perseguir esta pessoa que se está, obviamente, marimbando.

 

E depois, mesmo sabendo que devia servir-lhe o mesmo prato, como tenho medo que ele se desinteresse por mim e não queira estar mais comigo basta ele mostrar algum ínfimo de vontade de estar comigo que eu desdobro-me em mil.

 

E pior, se ele por acaso mostrar que gosta de mim e está interessado em mim é bem capaz de eu desistir dele.

Ou seja, eu só quero aquilo que é dificil, massacro-me por atenção porque quero e ainda me queixo disso.

 

Eu não bato mesmo bem.

Isto assim não vai la.

Já nem eu tenho paciência para mim.