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A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

Eu não gosto de ti, mas quero que tu gostes de mim

 

Sou 30 mulheres numa só, às vezes nem me reconheço nas minhas próprias acções.

 

Isto de ser uma lady na mesa e uma louca na cama só fica bem em letras do Marco Paulo porque na prática é desgastante.

 

Se uma parte de mim é um ursinho carinhoso que à mínima atenção do sexo oposto se derrete e com uma noite de sexo começa logo a escolher o local da lua-de-mel, por outro lado tenho como hobie seduzir pessoas em vão para saciar o ego.

 

Conheço pessoas com as quais sou capaz de falar horas, fazê-las sentir admiradas, desejadas, trocamos contactos e depois....não respondo mensagens nem telefonemas, nem pedidos de amizade....zero.

 

Quero seduzir pessoas com o único objectivo de me sentir bem comigo mesma.

Eu, que sou a mesma pessoa que me apaixono por alguém facilmente e sofro "horrores" por não ser correspondida.

 

Quando eu, faço o mesmo.

Eu quero que as pessoas se apaixonem por mim mesmo eu sabendo que não estou nada interessada.

How cruel is this?

 

Descarrego as minhas frustrações em desconhecidos que se calhar até são boa gente e com boas intenções.

E para quê?

Sinto-me bem porque tenho alguém a babar por mim, mas essa sensação de pouco vale se quem eu realmente quero não me quiser.

 

Que basicamente é o que me acontece sempre.

 

E depois não é só isso, é que com quem eu gosto eu tenho uma postura totalmente diferente, fico agressiva, irónica, finjo não gostar da pessoa porque acho que se for minimamente querida estou a ser fraca e a rebaixar-me perante um homem que não quero que pense que me tem nas mãos.

 

Sou incapaz de mostrar fragilidades, ou até verdadeiras vontades. De dizer "tenho saudades tuas" ou mostrar qualquer tipo de interesse.

As minhas palavras não coincidem com as minhas acções e começo a ficar descontrolada ao ponto de ter de cortar relações com os homens porque não consigo gerir as minhas próprias expectativas, não consigo ter paciência, relativizar as coisas, deixar o universo andar, ter fé.

 

Não entendi ainda que aquilo que controlo é muito pouco.

Não entendi ainda que o meu valor não é aquele que as pessoas me dão.

Não entendi ainda que não é por eu ir para a cama com um homem que ele se vai apaixonar por mim, ainda que o sexo seja óptimo.

Não entendi muita coisa, mesmo depois de tantos casos repetidos.

 

Parece que sou uma mulher mais interessante com quem, no meu ponto de vista, não tenho nada a perder, do que com quem quero.

Parece que me saboto a mim mesma com medo da rejeição.

É completamente alucinante.

Chego a pensar que nunca me revelo verdadeiramente.

Não assumo os meus verdadeiros sentimentos por alguém com medo de sofrer e depois utilizo um atalho que faz-me sofrer à mesma e ainda perder o respeito dos outros.

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