Conselho de um velho amigo
Olho para ti e penso
Onde estará a geração que nos separa?
Não querendo ser mal interpretado sei ver
Que essa ternura que mostras ter
Já não é assim tão inocente
Não franzas o sobrolho
Que eu sei do que falo
Não estou a cantar de galo
É conselho de amigo apenas
Porque apesar de ser mais velho
Ainda me lembro como é ser
Jovem inconsequente sem saber
Que um dia tudo vai ter fim
Se me permites introduzir a esta conversa "secante"
De um cota insignificante
Uma observação de ti
Deixa-me dizer-te querida amiga
Vejo-te mal encaminhada
A valorizar de forma errada
As coisas importantes da vida.
Lembra-te
Que o teu corpo não é um museu
O teu coração não é só teu
Todos sofrem ao ver-te perdida.
Para não falar das prioridades
Roupas, saídas e rapazes
Que usam e abusam de ti!
Sem saberem da tua vontade
De amar e ser amada
Ter uma história encantada
Com um príncipe de verdade.
Não te condeno pelo sexo
Não sou tão pudico assim
Refiro-me à forma rápida como deixas
Que cheguem até ti
Onde anda a sedução?
Já não falo em andarem de mão dada
Mas alguma dificuldade tem de haver!
Que os ajude a perceber
Como mereces ser tratada
Não usada e descartada
Como queres fazer crer
Mas que te importa esta conversa agora?
O tempo para ti chega e sobra
Ainda tudo é tão banal..
Mas depois sofres e aqui estás tu
Com o amigo habitual
A ressuscitar os conselhos do passado
Para ti desactualizado
Mas para mim....intemporal.
By: Podenga