Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

Confundir paixão com adrenalina

Tenho amigos que me perguntam como é possível estar sempre a apaixonar-me e a sofrer dramaticamente como se não aprendesse nada de uma experiência para outra.

 

Na realidade hoje em dia quando me perguntam "estás apaixonada?" eu já digo que não.

Na realidade e olhando friamente para a situação é isso mesmo.

 

Eu apaixono-me por homens que me dão espaço e liberdade para sentir saudades deles.

Muitos apenas porque estão nem aí para mim, outros porque são naturalmente pessoas pacificas, seguras de si.

Isso provoca em mim uma sensação de ansiedade e adrenalina que me faz ficar doida e confundir isso com paixão.

Começo a achar mesmo que sou viciada nesses estados de espírito.

 

Parece que ter um amor sereno e pacifico para mim não vale.

Não sabe a nada, não mete graça, não dá pica.

 

Todos me dizem "calma, isso é porque ainda não conheceste o tal"

De facto com o único namorado que tive foi assim.

Eu não queria saber dele, tratava-o super mal, ignorava-o porque "tinha mais que fazer" e ele esteve sempre lá para mim e acabei apaixonando-me por ele.

 

Quando comecei a gostar dele o sentimento evoluiu muito rapidamente e a curva inverteu.

Eu passei a ser obcecada com ele e ele manteve o mesmo ritmo de sempre.

Comecei a absorvê-lo e a controlá-lo. A ter ciumes de todas as raparigas para quem ele olhava na rua, das colegas de trabalho etc.

Para mim ele tinha mudado e isso levava-me a ficar desconfiada.

 

Na realidade não foi ele que mudou, ele sempre caminhou ao mesmo ritmo.

Eu é que acelerei. Injectei a minha ansiedade e adrenalina naquela relação mas da pior maneira.

 

Reflectindo sobre tudo isto que se tem passado na minha vida nos últimos anos fico a questionar-me:

Será que vou precisar sempre deste sentimento de perda\ansiedade\saudade para me sentir viva num relacionamento?

Será essa a razão pela qual as "grandes" paixões que tive até agora (incluindo o meu namorado) eram de fora de Lisboa ou até de Portugal?

 

Será que arranjar alguém de uma forma "normal" (no trabalho, ginásio, discoteca...) é demasiado boring para mim? 

 

E quando conseguir estar com alguém será que me consigo manter num ritmo saudável ou tratarei de ficar obcecada por ele e a controla-lo o tempo todo?

Muitos homens se apaixonam por esta minha forma louca de ser....mas sei que vão embora quando perceberem que é cansativo.

Para mim é cansativo, para ele é cansativo.

 

Juntando a isto o ciume e insegurança a mistura fica explosiva.

 

Preciso de atenção 100% mas se me dão atenção a 100% já não tenho interesse.

Será isto um loop sem fim?