Amor
Hoje apetece-me escrever sobre amor, Amor, AMOR.
Há dias que sinto mais necessidade de me apaixonar intensamente.
Principalmente quando vejo a felicidade alheia de casais amigos.
Aliás, parece que só me dou conta que gostava de namorar quando vejo namorados felizes ao meu lado.
Caso contrário suporto bem a solteirice.
Nunca fui mulher de relacionamentos, mas sou mulher de relações.
Tantas, ora de amor, ora de amizade, ora de paixão.
Tinha um professor que me chamava a eterna apaixonada. Porque sou mesmo isso...apaixono-me facilmente e adoro apaixonar-me.
Mas depois e normalmente o que acontece é precisamente que não sou correspondida.
Não sei ser misteriosa, não sei não dizer o que sinto, não sei fazer-me de difícil.
Para quê fingir? Quero viver as coisas intensamente e não ás pinguinhas.
Infelizmente este estado de espírito não tem trazido resultados, e se não estou bem como estou é porque tenho de mudar alguma coisa em mim e no que faço.
Neste momento estou a adoptar uma postura menos apegada. Não dar demasiada importância, não falar muito, não ligar no dia seguinte, dizer que não a alguns convites. O estado nem demasiado assado, nem cru. Manter sempre o mistério.
Já escolhi a minha presa para testar esta táctica.
Perfil: solteiro, não é apaixonado por mim e saiu de uma relação há pouco tempo (o que significa que ainda pensa na ex e não está muito disponível para amar de novo).
É um bocado assustador, mas infelizmente só consigo obter confiança em mim quando consigo que alguém se apaixone por mim.
E depois digo adeus.
É como se me alimentasse das almas apaixonadas que caem na minha teia.
Do saber que ainda sou desejada.
Ganho força com isso e depois vou atrás das minhas verdadeiras paixões. Como estou com o ego saciado custa-me menos ser rejeitada.
E se doer muito, começo o ciclo novamente.
Sei que não consigo jogar este jogo muito tempo, mas para já é o único que funciona comigo.