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A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

Aula XXI de amor não correspondido: "Porque gosto de quem não gosta de mim?"

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Porque na verdade não gostas da pessoa, mas sim gostas que ela goste de ti.

 

E o que isso significa?

 

Significa que vais batalhar o dobro e vais estar ansiosa o dobro para manter essa ligação.

Como se dependesse só de ti alguém gostar de ti né?

 

É importante antes de mais avaliar o que realmente nos atrai naquela pessoa.

 

Porque GUESS WHAT????

 

Na maioria destas situações aquilo que te prendeu nem é a PRÓPRIA PESSOA!

 

Pensa nas situações em que isso te aconteceu....

 

É um sonho que perseguimos, uma vontade que temos, uma carência que colmatamos, uma parte mais "vazia" em nós que queremos preencher!

 

Não é?

 

Então 1º passo é entender: será que eu gosto mesmo desta pessoa ou é apenas vontade de ter companhia? Vontade de ter atenção? Vontade de ter sexo?

 

Aqui pode ajudar tentar perceber o que realmente gostas na pessoa.

Como ela te faz sentir.

 

Se for algo intrínseco da pessoa, se admiras a pessoa, aí ok pode ser sim um interesse verdadeiro...

Agora quando é algo tipo: eu sinto-me amada.

Ou: ele dorme abraçado a mim.

Ou: o sexo é bom.

Ou: ele preocupa-se comigo.

 

Cuidado, porque muitas vezes isso pode indicar que estás apenas a tentar colmatar uma carência tua e a pessoa é secundário.

E isso vai resultar numa situação em que começas a dar um valor e dimensão à pessoa que ela realmente não tem!

 

QUEM NUNCA SE APAIXONOU EM 2 OU 3 ENCONTROS?

 

Pois bem, quantas pessoas conheces há anos e ainda há tanto por conhecer?

Quando te apaixonas por alguém num período de tempo tão curto, não pode ser bom indicador.

 

Porquê?

 

Porque é sinal que estás a avaliar positivamente algo que, provavelmente, desconheces.

 

Gerar expectativas, colocar pressão, criar ansiedade sobre algo que.....NÃO EXISTE!

E essas situações, muitas delas, geram dependência!

E essa dependência gera obsessão, sofrimento, angustia....

 

Acabas por te sentir completa com pouco e a viver em função disso.

O que acaba por acontecer?

 

Essa pessoa não se interessa, ou pior, usa-te e faz-te acreditar que gosta de ti mas na verdade está só a passar o tempo com alguém que faz tudo por ela.

 

Mas se o sexo é fantástico qual é o mal?

É só sexo mesmo...

Será até quando?

 

Não gosto de virar sempre isto para o lado feminino mas temos de ser realistas: a bioquímica do amor não funciona de igual forma para homens e mulheres.

 

Então, a mulher tem mais tendência para gostar do carinho, gostar de ficar depois do sexo.

A curto\medio prazo é isso que prende a mulher!

Essa atenção.

 

Já o homem quase que consegue fazer sexo e vestir e sair.

 

Então para prevenir situações em que nos agarramos a quem na verdade só quer dar umas "voltas", é importante que saibamos identificar bem o que É QUE GOSTAMOS NESSA PESSOA e se é de facto DELA QUE GOSTAMOS.

 

Se de facto chegares à conclusão que o que gostas nessa pessoa só ela te pode dar, então avança sem regras porque o amor é isso mesmo.

 

Se não, então não vale a pena fingir que é só sexo, que consegues que seja só sexo, fazer jogos para ele reparar em ti e por aí adiante....

 

SEGUE COM A TUA VIDA E NÃO ALIMENTES ESSA RELAÇÃO!

 

Beijinhos a todos os apaixonados inconformados!

A fugir das drogas - Parabéns amigo

"Não foi fácil acordar dia 29 de Março.

Lembro-me de ti todos os dias, tenho de me esforçar para não ser todas as horas.

Fazes anos e eu não estou contigo.

Pior.

Não estás com ninguém que amas.

Estás longe de tudo e de todos.

Mas o Drug Treatment é para o teu bem."

 

Nunca tive uma ligação assim com ninguém.

É certo que a base da nossa relação não era saudável, mas havia qualquer coisa que transcendia isso.

Sinceramente, ainda não sei o que é, e não sei se algum dia vou querer saber.

 

As nossas conversas.

A nossa "incubadora" como lhe chamávamos.

Eram horas e horas, construíamos e descontruiamos argumentos.

Tivemos suficientes para duplicar Bollywood.

 

Era uma ligação que se via.

 

Um carisma que nos consumia quando nos juntávamos.

Sozinhos éramos inofensivos, mas juntos éramos o terror.

 

As pessoas dizem que ele piorou desde que me conheceu.

Aumentou o consumo, aumentou as doses e as vezes que o fazia.

As pessoas diziam-nos "têm de tirar férias um do outro".

 

Chegavam a ser 3 noites sem dormir, mantendo toda a nossa vida a decorrer normalmente.

Uma vez cheguei a adormecer no trabalho, em frente ao ecrã.

Emagreci 7 kg.

Cheguei aos 56 kg e eu meço 1,73 cm.

Cheguei a perder a noção da realidade, a alucinar, em frente a pessoas, em locais públicos.

 

Lembro-me que uma vez publiquei uma fotografia no Instagram e imediatamente recebi duas mensagens de duas amigas a perguntar se estava tudo bem.

Na altura até levei a mal e não entendi porque estavam sempre a chatear-me por causa do aspecto.

 

"Que aspecto?!"

 

E eu não via as olheiras que tinha, simplesmente não conseguia ver que o meu aspecto transparecia a vida que andava a viver.

 

Não via.

 

As pessoas comentavam, mas nunca me confrontavam.

Eu também não disfarçava e fui tendo mais cuidado desde que os meus pais desconfiaram.

 

Cheguei a adormecer ao volante e o Rodrigo também.

Rebocarem-me o carro, assaltos, denuncias à policia....expulsos de sítios.

Tudo!

 

Até em escutas telefónicas tivemos envolvidos.

Chegamos ao ponto de só usar o Telegram porque o Whatsapp tinha comportamentos estranhos.

Conheci mais gente neste ano do que na minha vida toda.

 

Mas acima de tudo conheci-me mais a mim neste ano do que na vida toda.

Tive momentos muito bons e muito maus.

Lambi o a terra do chão e comi caviar no céu, num período muito concentrado.

Parece que vivemos todos a mesma história no mesmo período.

 

Desde que o Rodrigo foi internado que parece que os grupos se desfizeram.

Parece um dominó.

Falta uma peça desfaz-se tudo.

 

O consumo alterou-se, as pessoas posicionam-se de forma diferente, ganham novos hábitos e as coisas mudam.

 

Para melhor.

Estamos todos muito melhor.

Tenho medo de nunca vir a ter uma carreira

 

Agora com 30 anos olho para trás e não sei se faria tudo igual.

 

Estou a terminar o meu curso de Marketing e vejo-me num ponto em que sou júnior na área mas tenho uma bagagem de 9 anos de trabalho que não sei onde colocar.

Não sei como vender-me.

 

Fiz um curso com 100% de empregabilidade na Universidade Nova de Lisboa.

Fui uma das 5 melhores alunas, ganhei prémios e certificações.

Estive numa das melhores empresas de consultoria do mundo.

Vivi dois anos na América do Sul.

 

E então?

O que isso fez por mim?

Ou eu é que não sei fazer por mim?

 

De vez em quando vou enviando cv's a medo, como se não quisesse progredir.

Acho que as pessoas olham para mim e vêem alguém com medo do compromisso.

Com medo da responsabilidade, do trabalho.

Uma menina dos papás que tem tudo e não precisa de se preocupar com nada.

 

Agora percebo porque dizem que a maternidade salva muita gente.

Acho que o facto de estar confortável e não ter uma real necessidade me faz ficar assim, quieta.

 

Por outro lado sempre fui boa no que fiz, apenas me canso passado uns tempos.

Sou profissional no que faço e tenho metodologias no trabalho.

 

E então?

Em que ficamos?

 

Também já pensei em adaptar o Marketing à minha área, que é possível, mas isso tornar-me-ia novamente mais técnica e ainda que saiba que é isso que dá dinheiro, já sei que é disso que não gosto.

 

Vejo os outros colegas do curso a conseguirem ser colocados em departamentos de Marketing e isso deixa-me mais tranquila.

Talvez haja mesmo um espaço para mim por aí.

 

Preciso construir o meu império e o momento é agora.

Não vou ter as redes de protecção para sempre.

 

As pessoas morrem, e eu já vi isso a acontecer este ano pela primeira vez.

Fez-me rever as minhas prioridades e perceber que se calhar um dia vou ficar sozinha e velha e nesse momento não me quero arrepender da vida que levei.

 

Que frustração!