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A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

Procuro um amor (poema)

 

 

 

 

 

 

 

Procuro um amor inconveniente

feliz e descontente

com brigas e pazes logo a seguir

que no meio fazem rir

e no fim fazem vir

 

Procuro um amor de tensão

sentir bem uma mão

em qualquer parte do corpo

quase que a chegar ao osso

tal é a vontade de agarrar

 

Procuro um amor mentiroso

que por ser tão grande faz o esforço

de disfarçar para não parecer demais

para não enjoar quem nos faz

sentir mais do que felizes.

 

Podenga

Os homens não nos levam a sério porque falamos demais?

 

Agora com este luto do meu mais recente desgosto "amoroso" dei por mim (num ataque de raiva compulsiva acompanhada de álcool) a enviar-lhe uma mensagem com duvidas existenciais e acabei por perguntar se ele já tinha dormido com alguém desde que "o encostei à parede" e ele respondeu-me a verdade. 

 

Sim.

Como doeu este sim.

Mas eu perguntei.

 

Adiante, não contente, continuei a conversa.

Mais uma vez ele disse-me que não me prometeu nada e eu disse-lhe que via o tempo que ele passava comigo como interesse em algo mais ao que ele me responde o seguinte.

 

"Estava só a aproveitar o momento. Mas tu também já viste o teu comportamento? Contaste-me que beijaste uma rapariga no fim-de-semana que te conheci"

 

Nota: nesse fim-de-semana AINDA só tínhamos bebido café.

 

Eu: "Han? Mas quando te contei isso tu até me comentaste que a tua ex-namorada com uns copos a mais também beijava raparigas, achei que não saísse do teu conceito"

Ele: "E eu não achei que quisesses algo serio"

Eu: "Mas e perguntaste? eu ao menos perguntei. Tarde, mas perguntei-te"

 

Isto para dizer o quê...

Que ele ouvia as minhas historias com uma tranquilidade e divertimento, numa boa, mente aberta!

"Gosto de ti és fixe" e outras balelas, mas lá dentro ia-me julgando e catalogando como toda a gente faz.

 

Agora dizem..."Mas querias o quê, se ele não te conhece e lhe contas que foste sair à noite e beijaste uma rapariga ele vai pensar que sempre que sais te enrolas com qualquer coisa que mexe".

Mas o que ele extrapula já é um problema dele, não meu. E cabe a ele tentar saber se isso é verdade ou não.

Nao foi isso que fez, achou graça. O feedback foi positivo, não me preocupei.

 

Anyway comecei a pensar...será que me devia calar sobre o que sou, principalmente, sobre o que faço?

Praticar o "parecer antes de ser".

Fingir que sou uma menina bem comportada que fica em casa a fazer crochet?

Será que ouvindo mais e falando menos se ganha mais credibilidade de um homem?

 

Outra questão que pensei foi....será que nós as mulheres estamos fáceis de mais?

 

E como existe 1 homem para cada 7 mulheres, e essas mulheres estão todas tão fáceis, não é normal que eles queiram ficam com todas sem compromisso?

E mesmo que as mulheres fossem difíceis? Não haveria uma que desse mais abertura? Portanto...muda o quê?

 

Será que estamos a ir para a cama cedo demais?

Mas para quê esperar para ver se o sexo é bom?

Ou será que ele passará a bom se entretanto já tivermos conseguido construir um sentimento sem sexo?

 

Acho que não há receita. É o vale tudo. É a selva autêntica. O salve-se quem puder.

 

E depois outra coisa!!!

A mulher a envelhecer é diferente de um homem a envelhecer!

Ficamos estéreis, com as hormonas trocadas, flácidas, tudo caído...

E eles? Até ganham um charme extra.

 

E depois, além de termos de competir com as 6 mulheres da nossa idade estamos ainda a competir com as meninas de 20 anos todas impecáveis.

 

Mas onde há amor isto não se passa verdade?

Não sei. Eu própria me considero machista por querer ter vários homens caídos por mim e depois vai-se a ver e não quero namorar com nenhum.

Ou só acho isto porque se calhar nenhum quis, de facto, namorar comigo...

 

Será que somos mesmo o que atraímos?

Será que se eu não parar de me envolver com toda a gente que esbarro também não vou encontrar ninguém com boas intenções?

 

Os meus pais dizem que não conheço ninguém de jeito porque saio à noite.

Velhos tempos...sabem lá eles quantas formas tem um homem de me encontrar mesmo que fique em casa fechada.

 

Ele é instagram, facebook, tinder tudo e mais alguma coisa.

E mesmo que não use nada disto, então vou esperar que me batam à porta?

 

Tenho de estar onde as pessoas da minha idade estão, e lamento, mas estão na noite Lisboeta.

Cais Sodré, Bairro Alto e afins.

 

Mas acho que nem tudo é mau.

Temos é de aprender com as experiências que vivemos.

Neste caso aprendi (além de outras coisas) que conte o que contar a um rapaz, não posso contar apenas as coisas que me façam parecer a rainha da parada, porque isso pode e vai ser mal interpretado.

Isso pode atrai-lo, deixá-lo cheio de tesão por mim etc, mas pode descredibilizar-me e fazê-lo crer que só me quero divertir.

Tenho de começar por explicar que de facto, e apesar do que possa parecer, quero muito encontrar aquele one of a kind love.

Que não quero ser apenas mais uma.

 

Mas...e valerá isso de alguma coisa?

Se no fundo ele souber fazer as coisas, não vai dar ao mesmo?

Não ficarei novamente de coração despedaçado?

E não parecerei desesperada?

E não cortarei a magia?

 

Enfim, apenas introspectivas de final de ano.

Amor arrogante intelectual

 

 

 

Em cima do teu ego disfarçado

De eremita excomungado

Salta uma arrogância que doí

Não mata, mas moí

A quem tenta desbravar caminho.

 

Em cima desse teu olhar sem fundo

Qual cão vagabundo

Não se sente muito mais do que se vê

E ainda assim se crê

Ser-se olhada de verdade.

 

Em cima dessa tua falta de altruísmo

Disfarçada de estoicismo

Denota-se a parte mais podre do teu ser

Mas que mal tem, se não houver maldade?

Navegas sobre a tua cega verdade

Porque só não vê, quem não quer ver.

 

Em cima desse teu desapego interessado

Ri-se um carente acostumado

Por pensar que engana bem

A quem também não tem por onde pegar

E no fundo, sobrevive longe do mundo

Agarrado ao seu intelecto profundo

Sem precisar alguém para amar.

 

Podenga

Tenho saudades tuas, mas não te posso dizer :(

Tenho saudades tuas mas não te posso dizer, então escrevo aqui no blog para ver se me passa a vontade de fazer disparates e começar a enviar-te mensagens desnecessárias.

 

Sempre o mesmo jogo da dura.

Um jogo que não sei jogar.

Sinto-me de ressaca.

Pareço uma maluquinha a tentar largar a minha droga.

 

Não sei bem se és tu a minha droga.

Acho que é mais a ansiedade, a adrenalina, as borboletas no estômago.

 

A minha vida ficou demasiado boring desde que decidi esquecer-te.

 

Estou em desmame do sofrimento da espera de ti, do toque personalizado que coloquei no whatsapp para saber que és tu que me estás a mandar mensagem.

Tenho saudades de o ouvir, tantas quantas tenho tuas e não sei bem porquê.

 

Afinal....nem te conheço bem.

Nem sei qual é a tua cor favorita.

Não sei qual a parte do teu corpo que mais odeias.

Não sei se preferes manhã ou noite.

 

Mas se sinto saudades tuas?

Sim.

Do teu nariz torto, desalinhado.

Idem para o teu maxilar, fruto dos murros que levaste.

Das tuas pestanas grandes nos teus olhinhos redondos e pequenos, meio cavados, mas muito expressivos.

Da maneira como ris, e dos teus dentes alinhados e branquinhos.

 

É a parte que mais gosto de ti, o teu sorriso.

E quando sorris, olhas para baixo, como que com vergonha.

 

Ah, e que saudades do teu inconformismo da tua calvice...

Sempre com cremes e mais cremes.

 

A tua facilidade de perderes as coisas...inclusive as chaves de casa. Umas...3 xs por semana.

 

São os teus defeitos perfeitos.

Até a tua cicatriz na bochecha é perfeita. Tão perfeita que confundo-a sempre com uma ruga de expressão.

Parece que foi desenhada...

 

É...tenho saudades dos teus beijos, do teu cheiro, que nunca entendi como cheiras tão bem durante tanto tempo mesmo com dois dias sem tomar banho (seu rústico).

 

Também tenho saudades do teu peito peludo onde gosto de deitar a cabeça e enrolar os teus pêlos tal qual faço nos pêlos da tua "quase" barba.

Depois sigo para as tuas orelhas que são coladas ao pescoço, dá-me vontade de rasgar a pele para ficares com uma terminação normal. 

Nem a porcaria das orelhas tens normais...e mesmo assim és tão lindo.

 

Tenho saudades da forma como não dizes os r, e portanto quando te chateias dizes "carraças" e eu riu-me porque penso sempre que podia ser também um bicho ao invés de uma lamuria.

 

Gosto da maneira mal jeitosa com que me dás "festinhas".

Que mais parece que as tuas mãos são feitas de gesso, tal é o jeitinho que NÃO tens para ser carinhoso, mas estavas a aprender bem...

 

Tenho saudades de te mandar à merda e tu sorrires, porque sabes que não sou para levar a sério.

Porque sabes que gosto de ti.

 

Tenho saudades tuas.

 

Pessoas que não sabem dar opinião rápida

 

Não sei se conhecem alguém assim, mas sabem aquelas pessoas a quem às vezes pedem opinião e sabem sempre que vai acabar com "ok pronto ganhaste"?

 

Aquela pessoa que questiona a questão, o detalhe, o pormenor, descontextualizam-se, desconcentram-se, enervam!!!!

 

Tenho uma pessoa que adoro que é assim. E parece que tenho falta de memória e por vezes caio no erro de lhe pedir opinião sobre determinada coisa e ela coloca-se com 350 perguntas que nada têm a ver com a minha pergunta e eu acabo por ficar cansada e desistir de querer (e de me arrepender de ter pedido) a opinião dela.

 

Podem pensar "Ah sim, tu querias é que ela respondesse como tu queres, mas como isso não acontece já não queres saber"

 

Não! Errado.

Há perguntas abertas que lhe faço e que com todo o gosto oiço a resposta, mesmo não concordando.

Agora se eu lhe pergunto "Não achas que a pessoa X é invejosa por não me ter oferecido comida?"

Ela só tem de responder sim ou não e porquê.

MAS NÃOOOOO.....

 

Vai começar com demagogia comprada num livro de bolso sobre a estrutura económica social e a afectação dos traumas de infância na idade adulta que pode colmatar num desligamento do outro, na falta de altruísmo lalalalala

 

Estão a entender?

É cansativo, esgotante.

Para uma coisa ela é boa.

Se tiver a ter um dia secante, ela dá-me sempre uma pica extra e um nervoso miudinho no estômago de mordiscar os lábios. Uma certa adrenalina.

 

Agora para me dar opiniões sobre aquilo que preciso saber no imediato, AH isso não posso pedir.

Ou então tenho de lhe dar dois dias para pensar no assunto....mínimo.

 

Mas gosto dela não apesar dos seus defeitos, mas por causa deles.

 

Viva a amizade!

 

 

Devo "encostá-lo à parede"?

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 Praia Fluvial do Vimieiro, 03 de Dezembro 2017

 

Neste feriado de 1 de Dezembro estive alojada numa casa de xisto situada neste pequeno, lindo, imenso paraíso que é a praia fluvial do Vimieiro.

 

Uma vez que fui com o tal rapaz com quem ando a sair há já algum tempo e seria a primeira vez que iríamos passar 24h juntos, pedi ao universo para me ajudar a perceber se de facto esta relação tinha pernas para andar.

 

Acho que ele ouviu as minhas preces...

 

Não que corresse mal, mas não houve nenhuma alteração significativa face aquilo que tem sido o nosso ciclo de encontros semanais.

Ao final do segundo dia e depois de uma tarde carnal, decidi questionar-lhe esta falta de "entrega" que sinto do lado dele.

A resposta dele foi: "Eu gosto de ti, se quero algo mais sério, não sei. Pensaste que este ia ser um fim-de-semana romântico e não está a ser, e por isso sentes isso".

 

Fiquei em silêncio uns segundos a tentar ser racional, mas não me controlei.

Num misto de tristeza e amuanço a minha reacção foi "ok, então não me toques mais".

 

Indignado responde-me "Mas porquê? Não mudou nada entre nós com aquilo que disse. A única coisa que mudou foram as tuas expectativas".

Não soube responder, virei-me para o lado e adormeci (ou tentei).

 

Estive a matutar a noite toda sobre a frase que ele proferiu.

Será que estou a condenar um futuro com esta pessoa porque estou a colocar a "parede" das expectativas atravessada no meio do caminho que estamos a percorrer?

Estarei a querer sacar dele uma decisão num momento demasiado precoce?

E mesmo que ele me respondesse que sim, que as intenções dele era ter algo sério comigo no futuro, isso dar-me-ia alguma segurança de que, de facto, iríamos ficar juntos?

 

No caminho, que até agora tem sido proveitoso para os dois, sem pressas, nem rótulos, mas com muita vontade, existe necessidade de parar e decidir para que objectivo se está a caminhar? Ou deveria deixar o tempo comandar?

 

Vi-me então envolvida no meio do problema que eu própria criei.

Vi-me envolvida numa situação na qual costumo estar do lado de lá, e que normalmente, respondo o mesmo que ele me respondeu.

Então porquê crucificá-lo?

 

Um dia um amigo disse-me "Quando estás dentro de um problema tudo te parece negro. Tens de te afastar dele para notares que afinal é só um ponto"

 

Disse-lhe que precisava de tempo. Precisamos os dois de tempo.

Tempo para nos afastarmos e vermos realmente que falta fazemos um ao outro, que dimensão temos na vida um do outro.

Tempo para conhecermos outras pessoas e decidirmos que mesmo assim, nos queremos um ao outro.

 

Ás vezes o ego comanda a nossa cabeça e faz-nos confundir um pontapé no ego com um desgosto de amor.

Não será a necessidade de o ter "apanhado" por mim um capricho? Para saciar a minha necessidade de ser amada?

Como sei que, como aconteceu no passado, não iria desinteressar-me por ele mal ele mostrasse interesse em algo mais?

Só consigo perceber isso se sentir que ele me faz mesmo a falta que penso que faz.

E ele idem.

 

Vamos deixar passar o Dezembro, e ver o que o novo ano nos dita.

Entretanto, vou colocá-lo no nível mais baixo de prioridade.