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A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

Será o amor sereno mais sólido?

 

 

 

Hoje li uma frase que dizia:

 

"If you believe in love at first sight, you never stop looking"

 

Esta frase apareceu no trailer de um filme que já vi bastantes vezes.

"Closer", de 2004.

 

https://www.youtube.com/watch?v=4i1SlznIaZk

 

Fiquei a pensar nesta frase e a questionar-me...será que as pessoas que acreditam em amor à primeira vista são viciados em amor?

Pior...um cocktail de amor, adrenalina, espontaneidade?

 

Será que este amor, repentino e imediato, tanto aparece, como vai?

Será que o que é atractivo na ideia do amor à primeira vista é a rapidez com que acontece e não o tempo que dura?

 

Na vida real, na minha vida e na daqueles com quem confidencio, tive exemplos que me comprovaram como de facto o amor à primeira vista pode mesmo acontecer.

No entanto, esses relacionamentos pouco duraram.

Em contrapartida aqueles amores que apareceram sossegados, devagarinho, quase sem os próprios se aperceberem...esses estão firmes!

 

Será que ansiedade e amor conjugados pode atrair, mas não sobrevive?

Será que apenas a paz, a serenidade, a não expectativa, vingarão no que se trata de manter uma relação saudável?

 

Então porque nos entopem os olhos com filmes românticos da treta que depois nos deixam a imaginar coisas onde elas não existem? (e não estou a falar do "Closer")

Serão estes filmes uma injecção de esperança para uma realidade que já se sabe ser diferente?

 

Que casais conhecem que vivem uma linda historia de amor? 

Bom eu em toda a minha vida só conheço um. 

Não são a maioria. 

A maioria são relações rápidas, intensas, que culminam em separações, discussões, traumas, corações partidos, vidas dilaceradas, filhos compartilhados...

Mas isso não é bonito, essas histórias não dão vontade de comprar....

 

Vá lá!!

É que hoje quase nem há espaço para que o amor à primeira vista aconteça...a maior parte das pessoas estão de cabeça baixa a olhar para o telemóvel!

Só se for amor à primeira vista no tinder, facebook, instagram...

 

Se algum dia tiver filhos não os vou deixar ver nada que lhes coloque standards de amor na cabeça.

Quero que eles vivam a vida e construam a sua própria forma de amar, o seu próprio conto.

 

Eu fui condicionada desde a Disney!

Onde é que já se viu...

Até sereias casavam com humanos!

 

Não é justo.

Era só isto...

 

Beijos,

Podenga

O contrário do amor não é o ódio, mas sim a indiferença.

O contrário do amor não é o ódio, mas sim a indiferença.

 

Amor e ódio estão em patamares semelhantes, em pontas opostas, mas no mesmo nível. 


A indiferença é um prato frio, um prato que nem se serve por nem se querer contacto com o outro, aliás, por nem se pensar no outro, por nem importar a sua existência!

 

É um prato deixado, desejado pelo amante, mas retido no amado, que indiferente, não oferece.

 

A indiferença ao próximo consciente ou inconsciente, fá-lo sentir-se resumido à sua insignificância, sem lugar na vida do outro, sem preocupação do outro.

 

É como se existisse para todos menos para a pessoa para a qual quer existir.

 

Tenta ser vista, mas sem resultado. Tenta chamar a atenção através do bem, mas também do mal.

 

O ignorado se não tem força emocional para aceitar a rejeição vai-se abaixo.

Questiona-se a si, ao outro, aos outros.

Pede insaciável pela aprovação de todos, mas nunca é suficiente, mesmo que a tenha, se não vier da pessoa que o ignora.

 

Ser ignorado é água que rega as plantas da insegurança e do medo.

Nós escolhemos se deixamos essa rega acontecer.

Há vezes mais fáceis que outras, porque nem sempre a indiferença parte do principio, do primeiro contacto.

 

Muitas vezes a indiferença vem com memórias.

A chamada rejeição traz alavancada momentos vividos, promessas que não se cumpriram. 

Esse cocktail de expectativas rompidas e de despejo do lugar que se ocupava no outro é ainda pior.

Abala mais o coração, porque já soubemos como é ter relevância para aquela pessoa que hoje não quer saber de nós.

 

Seja como for, é sempre tramado ser ignorado.

O que vale é que o tempo vai tornando tudo mais relativo.

Vai-lhe tirando dimensão.

Um grande problema hoje, pode ser algo que nem nos lembremos daqui a 1 mês.

E isso é uma dádiva que nos devemos lembrar que temos, nas horas mais difíceis.

 

Foi só um desabafo.

Beijos,

Podenga

Como entender um homem? Tenho andando a ver uns vídeos no youtube...

Tenho andado a ver muitos vídeos de coaching nos últimos dias.

Coaching para mulheres.

Mulheres solteiras que pretendem saber como conquistar um homem, como interpretar um homem.

 

Tenho entendido em mim um padrão de possessão, ansiedade e outras coisas mais que me tem deixado com a sensação de que preciso limar um pouco os meus comportamentos.

Primeiro, procurei saber através de pesquisas básicas no youtube se seriam comuns. Foi aí que encontrei alguns destes vídeos.

Muitos são sobre temas cliché e que já cansam, outros com mensagens diferentes e que me abriram a cabeça para outras perspectivas.

 

Mas....PORQUÊ?

 

Não foi repentino, não, não (suspiro)...acontece que pela primeira vez em algum tempo, ando a sair com alguém que realmente me interessa e....bom....já vamos em mais de 5 encontros (o que tendo em conta os últimos anos...é um record) mas ainda não consegui lê-lo, decifrá-lo.

Não consigo perceber se realmente está interessado em mim para algo mais, não consigo lidar muito bem com esta inercia que sinto do lado dele e que trás ao de cima o meu lado lunar tão rapidamente.

Posto isto, achei que seria uma boa altura para tentar testar uma outra abordagem com o sexo oposto.

 

Continuando...nesta pesquisa encontrei 2 oradores no youtube cujos vídeos me interessaram (não todos, só alguns, que serviram o meu propósito) e me mostraram algumas formas interessantes de agir\reagir nesta fase embrionária de um "relacionamento".

 

São eles: Matthew Hussey e Mindful Attraction 2.0

 

As abordagens são totalmente opostas, sendo que o Matthew é coach exclusivo de mulheres e o outro de homens (segundo ele diz), mas fez alguns videos para mulheres.

Talvez por isso o segundo tenha uma abordagem tão fria, crua, encenada, com base em jogos.

É como se o Matthew Hussey ensinasse a pescar, e o Mindful desse o peixe.

 

A mensagem que o Matthew passa é muito mais profunda, longo prazo, do eu para ele, da valorização pessoal etc.

O outro, por seu lado é prático, técnico, baseado no jogo do gato e do rato, na manipulação dos sentimentos do outro, na frequente estimulação do interesse.

 

Este rapaz com quem ando a sair, apesar de ter imensa vontade de estar com ele sinto que para o atrair tenho de parecer desligada, ausente, louca da cabeça. Se lhe dou muita atenção parece que ele se desleixa.

Ele é uma pessoa bastante solitária e desapegada e por isso quero que ele me veja como alguém relaxada, com quem pode falar (se o assunto me interessar) e acima de tudo que lhe dá espaço.

Por mais que me morda toda se ele ficar o dia inteiro sem me mandar mensagens e mortinha por saber o que anda a fazer, vou-me deixar estar e procurar entreter-me com outros assuntos.

Até ao momento parece estar a resultar pois a maioria das vezes ele vem falar comigo e convida-me para sair.

Falamos praticamente todos os dias.

Contudo, tenho dias que estou mais triste porque apesar de falarmos sinto que não estamos a criar intimidade. Não sei explicar mas gostava de ouvir do lado de lá algo mais carinhoso, mas entendo que o tempo dos homens não é o tempo das mulheres e portanto ele precisa de tempo para me conhecer e - eventualmente - se apaixonar.

 

E é isto...

bom, sem mais demoras, partilho convosco os vídeos que mais gostei, mesmo que não estejam em busca de nada, acho que vale a pena darem uma espreitadela de espírito aberto.

 

Aqui vai:

3 Emotions That Will Make a Man Feel Crazy About You & How to Use it to Make Him Chase

https://www.youtube.com/watch?v=j1IzcAzXXFI&t=3s

 

How Make Him Think of You NON-STOP - The Power of Absence & Presence

https://www.youtube.com/watch?v=mHK2bUB06Lw

 

10 Ways to Make Him Weak for You (Make Him Crazy About You)

https://www.youtube.com/watch?v=yjomDFjz0Sw&t=1041s

 

He’s Stringing You Along? Text Him This Now... (Matthew Hussey, Get The Guy)

https://www.youtube.com/watch?v=NdI59RZHejI&index=41&list=WL

 

The Major RED FLAG You Should Never Ignore In A Man (Matthew Hussey, Get The Guy)

https://www.youtube.com/watch?v=4_ESK5TaOyw&index=40&list=WL&t=469s

 

Do THIS to Get Your Mr. Right 6X Faster... (Matthew Hussey, Get The Guy)

https://www.youtube.com/watch?v=euPx9iieoiw&index=39&list=WL&t=410s

 

When He's Not Investing In You, Avoid THIS MISTAKE (Matthew Hussey, Get The Guy)

https://www.youtube.com/watch?v=THBGcb1fkS8&index=38&list=WL

 

Beijos,

Podenga

Porque eu sinto saudades dele e ele não sente minhas? Amor em velocidades diferentes

 

Pois bem.

 

Estive a pensar sobre porque fico tão ansiosa quando alguém que eu gosto não me manda mensagens etc.

Até que sinta que a pessoa está "segura" sinto-me eu insegura.

Isto é, ando ansiosa e desesperada porque pessoa X não me diz nada há não sei quantos dias\horas, mas depois quando diz todos os dias eu já não quero que diga.

Same old same old.

 

Pois bem, nem todas as pessoas vivem a vida com a mesma velocidade\intensidade.

Não quer dizer que o sentimento não esteja lá.

Simplesmente eu sinto tudo com maior intensidade.

Enquanto que a outra pessoa vai ao seu ritmo, tranquila da vida, apreciando cada momento, eu pareço um cão ansioso por ir a rua que nem vai buscar a bola com tanta vontade que tem que o dono abra a porta.

 

Eu acabo até por nem apreciar o momento porque já estou a pensar no próximo.

E depois começo a cobrar à outra pessoa coisas que não tenho de cobrar, porque são coisas que ela não me prometeu, mas sim expectativas que eu criei. 

Same old same old.

 

Mesmo sabendo isto tudo ainda continuo a bater com a cabeça na parede sempre que, por exemplo, passo um fim-de-semana fantástico com alguém e essa pessoa só sente necessidade de me ver passado uns dias...

Não! Não! Quero mais e mais e sempre mais até me saciar e ficar empanturrada da pessoa.

Não consigo ir devagar e gostar às pinguinhas.

É tudo já e de uma vez.

 

Calma, respira. Vais assustar as pessoas sabes disso certo? Pronto.

Portanto desenvolvi algumas técnicas para me acalmar quando estou assim vidrada e focada numa pessoa que são:

 

  1. Faço audios\videos para mim própria a explicar porque me sinto assim, a dar exemplos de outras situações em que eu criei histórias na minha cabeça que depois vieram-se a verificar-se não ser nada daquilo. Depois vou ouvindo durante o dia até me cansar. É como se eu sofresse de amnésia e todos os dias tivesse de me relembrar quem sou.
  2. Saio com pessoas novas limpas de dramas e historial, cuja energia ainda não absorvi. Sabe bem ouvir histórias diferentes das do costume. Reencontrar velhos amigos, pessoas com quem já não estou há muito tempo. Relembrar velhos tempos. Boas energias.
  3. Abro uma garrafa de vinho e danço. Dançar com um copo de vinho é um dos meus rituais de eleição quando o coração começa a bater demasiado rápido para o meu gosto. Descontraio, visto uma roupa confortável, ligo as colunas, ponho uma musica que gosto, aprecio o vinho e a musica, danço como se tivesse a suar as más energias. É um exercício que comigo resulta bem. Problema: o vinho não fala.
  4. Escrevo poemas, prosa, coisas que nem publico sequer. Aqueles textos que começam tipo "sabem quando vos apetece matar uma pessoa?" e depois penso..."Vá lá, não vais publicar isto, senão ainda vão acreditar". Escrever também me limpa a alma e acima de tudo faz-me pensar numa forma de passar os pensamentos a palavras e esse processo ajudam-me a domar os sentimentos ferozes que por aqui se passeiam.
  5. Vou beber um copo sozinha a um sitio qualquer, preferencialmente que tenha balcão para poder estar lá sentada a falar com o barman\women. Esta opção só uso em caso extremos, tipo quando até já eu estou cansada de mim.
  6. Lides domésticas e afins. Fazer um quadro de conchas, ou um vaso de flores de plástico, arrumar a casa, limpar os vidros. Qualquer coisa que me canse fisicamente e exija concentração.

 

Se depois disto tudo ainda continuo a olhar para o telemovel?

Sim, mas pelo menos já não tenho o coração a mil...

Leva-me já (poema)

Leva-me já, quero fugir

Estou sem limite de destruição

Sem pingo de discernimento ou emoção

Capaz de me impedir.

 

Leva-me já, para onde quer que vá

Não importa, não me arrependo

E até te recomendo

Que o faças.

 

Leva-me já, não esperes mais

Sempre que esperas cais

No erro de ficares parado

E isso já sabemos, dá errado

Por isso mais vale te apressares.

 

Leva-me já, porque hoje eu deixo

Hoje não me darei ao respeito

Quando me arrancaram o coração do peito

Não o voltaram a pôr

Por isso faz-me esse favor

E leva-me já.

 

Podenga

Promessas, promessas....

Promessas, Promessas..

Essas coisas tontas

Que acontecem sem ter conta

Do que poderiam ter sido se fossem de verdade.

 

Promessas, Promessas,

Quem nunca as disse ou ouviu

Com ou sem conhecimento

Nunca vêm a tempo

De serem descobertas.

 

Promessas, promessas...

Essas peças soltas

Vírgulas loucas

Que nunca chegam a ser pontos finais

E por isso são intermináveis.

 

Promessas, promessas...

Sempre prontas a aparecer

No momento certo e exacto

Em que se fecha por completo

O ciclo do fala barato

E a gente finge que acredita.

 

Promessas, promessas...

Que servem de colchão

A quedas maiores que o não

Porque cai-se de mais alto

E no final do dia

Nem sabemos o bem que faria

Termos ouvido a verdade.

 

Promessas, promessas...

Que um dia já me encantaram

Hoje são apenas livros abertos

De sonhos desfeitos

Que nunca se concretizaram.

 

Podenga

Fazer amizades novas agora é dificil

Confesso...há dias melhores outros piores, situações que parecem pólvora para o meu pequeno (grande) ego.

 

Mas porque razão é que tem de ser ou 8 ou 80? Porque razão sou tão exagerada, é tudo tão dramático?

Tão ansiosa, imediata, exaltada, explosiva, mimada....

 

As pessoas gabam-me a capacidade de explodir num dia e no outro já estar tudo bem, mas a realidade é que durante este processo existe uma auto-destruição cansativa.

Um corroer do meu estômago, um massacre da minha cabeça, faço o meu cérebro de refém e só consigo matutar sobre o mesmo tema uma vez e outra.

 

O pior de tudo é que numa situação em que "as coisas não correm como eu quero" eu sei perfeitamente olhar de cima e ver que aquilo que estou a exigir as pessoas é ingrato, porque foram as expectativas que eu criei delas ou da situação.

 

Sei também que tenho de ter CALMA, deixar as coisas ACONTECER, que de nada vale estar IRRITADA, mas então porque sempre me custa tanto?

Não será porque já é uma coisa tão intrínseca?

Devo eu colocar este leão dentro de uma gaiola e deixá-lo lá a sofrer, ou ser apenas eu tal como sou?

 

Os meus amigos sabem os meus defeitos e mesmo assim continuam comigo.

Porque então assusto o resto das pessoas?

Estive a pensar sobre isso....

 

Uma coisa é querer mandar-me de cabeça numa relação com profundidade.

Outra coisa é mandar-me de cabeça para uma relação sem profundidade.

Não posso exigir o mesmo nem ser a mesma em ambas.

 

É aqui que a coisa azeda.

 

Quando se fazem amizades fazem-se de forma natural. No trabalho, na escola, no clube recreativo etc...

As pessoas naturalmente se vão juntando pelas suas parecenças e coisas em comum, coisas que defendem, partes que ocupam numa discussão de grupo, modo de vestir, clube de futebol, enfim uma panóplia de coisas e quando dão por si têm realmente vontade de se conhecerem, de discutirem assuntos, de saberem mais uns sobre os outros.

O interesse é verdadeiro e dá gozo, sabe bem, é energia nova que entra na nossa vida, pontos de vista diferentes, experiências diferentes que nos enriquecessem\renovam o nosso dia-a-dia, vida social, melhoram a nossa saúde.

 

É assim que uma amizade flui e cresce em primeiro plano.

Depois obviamente à medida que o tempo vai passando vamos mostrando mais o nosso lado lunar naturalmente, porque isso também faz parte de nós e do outro lado o impacto (na maioria das vezes) é positivo porque a pessoa nos conhece tão bem ao ponto de podemos também ser uma vez ou outra uma besta.

Eles sabem que não somos bestas, mas sim estamos apenas a ter atitude de besta.

Quem diz besta diz outra coisa qualquer.

 

As pessoas novas não nos conhecem, avaliam-nos pelas nossas acções.

Se não dermos tempo para que elas nos conheçam (que é o que faço), elas acabam por se assustar quando deixo fugir o leão, porque simplesmente não existe sustento na relação que aguente aquele espalhafato dramático existencial (que tanto existe por este lado).

 

Outra coisa que também importa quando conhecemos pessoas novas é que normalmente quando as conhecemos num ambiente em que vamos obrigatoriamente passar tempo com elas (trabalho, escola etc) aconteça o que acontecer NÃO FOMOS NÓS que escolhemos que no dia seguinte nos iríamos ver. Nós temos obrigatoriamente de nos ver.

Não existem espaço para aquele amuanço de não mandar mensagens durante não sei quantos dias e ver quem finalmente desbloqueia a situação, porque o espaço propicia "as pazes", propicia que as coisas fluam.

Mesmo as próprias brigas quando acontecem presencialmente têm outro entendimento, outro impacto, outra resolução.

Porque vêm-se expressões faciais, olham-se nos olhos, escutam-se silêncios. Temos todos os factos para serem analisados.

 

Nesta nova era de comunicação, em que MUITA coisa acontece através de mensagens escritas, primeiro, torna o processo de criação de relacionamentos muito mais difícil de acontecer porque as pessoas preferem estar esparramadas no conforto do sofá do que fazer qualquer coisa gira na rua e depois porque sempre que existe uma discórdia tudo é exacerbado pelo facto de estarmos a discutir para um ecrã e não estarmos a fazer a real análise daquilo que a pessoa está a dizer. 

 

Aliás odeio trocar mensagens.

 

Até um simples silêncio parece que é um crime. Uma hora sem mensagens e já mudou qualquer coisa. Parece que a pessoa por não estar fisicamente ao pé de nós tem de provar que está viva de x em x de tempo. É cansativo.

 

Ora, na minha opinião, nas relações que ocorrem fora de espaços "obrigatórios" são muito mais difíceis de manter. Existe sempre um que tem de puxar pelo outro, existe sempre a necessidade de fazer convites para que se vejam pessoalmente etc e isso para mim também é um tópico sensível.

Não gosto de andar a rebocar pessoas, mas também tenho de admitir que conheço pessoas que não são rebocadas por mal ou por não gostarem tanto de mim quanto eu delas, são simplesmente mais desapegadas.

E eu e o desapego já sabemos como funcionamos tão bem (mas estou muito melhor!!).

 

O que tenho de ter consciência é que quando era mais nova era mais fácil criar amizades, conhecer pessoas.

Hoje em dia é manter os que tenho e se chegar alguém novo e acontecer naturalmente tudo ok, mas não tenho de tratar as pessoas como meus grandes amigos simplesmente porque tenho uma GRANDE necessidade de o fazer.

 

Tenho de entender que existem pessoas que, sabendo a minha história, entendem a minha necessidade de fazer e dizer certas coisas, mas as que não conhecem não, e NÃO TÊM CULPA DISSO.

 

E convenhamos....as tecnologias só vieram complicar tudo.

 

Como diz a Drew Barrymore no filme "He is not that into you"...

 

Hipnotizada por ele (poema)

Não penses que sou burra

Por te responder sorrindo

Às perguntas que me fazes sobre o mundo

É que mergulhei fundo

No teu olhar, e lá fiquei.

 

Não penses que não sinto da mesma maneira

As fervorosas ideias que defendes

Estou apenas perdida

A apreciar os teus lábios a mexer.

 

Não penses que não me vou preocupar

Com as coisas que te passam à frente 

Mas neste momento estou mais presente

Na cana do teu nariz

Que entorta quando sorris

E me faz sorrir também.

 

Não julgues que não tenho nada a acrescentar

Às frases que esperaste que terminasse

Mas parece que levaste

Contigo a minha capacidade de pensar

A partir do momento em que pude apreciar

Mais de perto a tua beleza.

 

Podenga

 

Apatia do querer? ou preguiça de fazer?

O sentimento de apatia de saber que tem de se fazer coisas mas não se quer fazer...

Parece que tomei md e apenas sinto uma paz semelhante a um vazio interior enquanto os meus olhos podem ver os vultos da correria dos outros...

 

É como se estivesse viva apenas porque o meu coração bate.

A minha cabeça não produz, não age, apenas reage (se estimulada, quase forçada).

 

Sei que tenho coisas para fazer importantes, que definem o meu futuro, mas o que faço eu? Dou por mim a escrever aqui no blog....um blog que nem sequer me apresento como eu própria, how sad is that?

 

Uma coisa eu sei: eu tenho 6 meses para mudar a minha vida.

Sei o que quero, tenho um objectivo, porque não é isso suficiente para me pôr a mexer?

 

Uns dizem que é a petrificação do medo de falhar.

Outros dizem que é apenas a fase de arranque inicial.

Outros limitam-se a levar-me para os copos a ver se passa.

 

Não resulta. Estou há 2 semanas sem produzir.

É muito tempo, julgo eu, pelo menos para mim é.

 

O que faço é trabalhar, comer e dormir, cedo, muito cedo para não ter tempo para me lembrar que tenho tempo parar fazer aquilo que (por seja la o que for) não estou a fazer.

 

É como se dormindo cedo fizesse o dia passar rápido e quase pudesse não contar como dia em que (mais uma vez) nada fiz.

 

E hoje, será que vai ser mais um dia desses?

O fim (poema)

sample

 

não me peçam para ser menos do que vejo

no fundo desejo

nem ver nem saber

mas que posso eu fazer

se cabem em mim todos os problemas do mundo?

 

no fundo não posso desejar ser menos

que varias células com membrana

para que possa considerar-me humana

viver e respirar

absorvendo o ar dos outros

que com ele trazem suas dores.

 

aos poucos sei e sinto

que irei, apesar de tudo, partir

e ai descobrir um outro caminho

ou então apenas um diferente destino

para o mesmo sofrimento.

 

que seja então como deus quiser

quem diz deus, diz outra coisa qualquer

que esteja aqui para me fazer ver

o caminho a seguir.

 

Podenga