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A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

Desabafos de um dia triste

Queridos desconhecidos,

 

Hoje sinto-me especialmente triste.

 

Apareceram-me vários "dilemas" na minha vida nestas ultimas 24h e eu, pobrezinha de mim, não tenho estofo para lidar com isto.

Estou neste momento a pensar em maneira de não me massacrar com questões que eu não controlo, mas que me afectam directamente.

Penso também quão injusto é o mundo.

Penso que não quero ter filhos.

Penso que não quero nascer de novo.

 

Estou deprimida, com vontade de chorar, sem vontade de trabalhar, ir ao ginásio, seja o que for.

Sem fé na humanidade.

 

É mais um daqueles momentos que pergunto ao céu...o que ando cá a fazer?

 

No meio de tanta angustia interior existe também uma percentagem de culpa porque queixo-me de problemas que (no fundo...) eu própria arranjei.

(Quando digo arranjei é deste meu velho habito de primeiro agir e depois pensar. E às vezes meto-me em cada alhada que, sozinha, não consigo sair delas.)

Culpo-me porque, para quem tem vidas realmente difíceis, isto quase que parecem caprichos de alguém com uma vida "perfeita".

 

Aproveitei essa culpa para me lembrar também do quanto sou amada pelas pessoas que me rodeiam. 

Tão pouquinhas que cabem em 2 mãos, mas tão valiosas que são imensuráveis...

Reflicto sobre a sorte que tenho por ter sido e continuar a ser amada pela minha família e amigos.

Por ter uma família.

Por ter amigos.

Por ter uma casa.

Por ter saúde.

 

Neste dia, que me apetece chorar por tudo, decido respirar fundo e agradecer pelo amor que tenho recebido em todas as formas.

Agradecer pela saúde que tenho para poder gozar cada dia que passa.

Para poder escrever, ler, rir, brincar.

 

"Não se apaga fogo com fogo", um dia disse-me um colega de trabalho quando me viu a hiperventilar de ansiedade.

Escolho apagar a tristeza com o amor.  Escolho apagar as lágrimas com um sorriso. Escolho aceitar que o mundo não é como eu queria.

Que nem todos têm de fazer as mesmas escolhas que eu.

Que nem todos querem "tentar mais um pouco".

Perdoar quem escolhe ignorar o sofrimento alheio porque dá muito trabalho dar a mão.

 

Um dia alguém também me disse que aquele que ajuda sente-se sempre sozinho. É uma das consequências de ser altruísta. É a solidão.

É ninguém perceber a guerra que tu travas, porque não é a deles.

Claro que há sempre quem entenda, há sempre camaradas de guerra. Mas no geral...quem ajuda é visto como maluquinho quase.

 

Há dias conheci uma bombeira e ela dizia-me: " O meu maior entrave é a minha família, que não percebe porque dedico a minha vida a ajudar os outros e não me apoia".

 

Nunca, seja em que circunstâncias for, sob pena de escutar seja o que for, ou perder quem for, se arrependam de praticar o bem!

 

Para quem se sente com o peso do mundo nas costas, o meu forte e quente abraço. É sinal que estão vivos!

 

Beijinhos,

Podenga

Não te limites, Não te deixes catalogar!

Uma coisa que é bom sempre ter em mente é a belíssima frase "Na boca dos outros tu és o que eles quiserem"

 

A partir daqui, a escolha é nossa se queremos ficar ou não afectados com o que os outros pensam sobre nós.

Outra coisa importante a reter é: é certo ser-se livre e ser-se quem se quiser ser, mas sem pisar a liberdade do próximo.

 

Muita gente confunde ser livre com não haver limites para nada.

Há sempre o limite do respeito pelo direito do próximo.

 

Liberdade não significa não sermos responsáveis por aquilo que cativamos, mas sim estar plenamente consciente de que aquilo que fazemos não interfere na liberdade dos outros, mas sim na nossa própria.

 

Outra coisa que é importante é que não nos limitemos por filtros que nos foram impostos pela sociedade.

Ou até filtros que não são os nossos.

Às vezes escutamos tanto uma coisa que mesmo sem querer quase que passamos a acreditar nela.

 

Uma ideia não é mais verdade se for dita mais vezes!

Tentar encaixar cada acção num nome, num comportamento tipificado etc é trabalho ingrato.

Cada um tem a sua motivação para praticar uma mesma acção.

Com isto eu quero dizer, e sendo mais concreta, que muitas vezes existem pessoas que criticam os outros por serem incoerentes na forma como levam a sua vida, mas isso não é necessariamente assim. Não temos de ser preto ou branco. Podemos ser cinzentos.

E não temos de nos limitar pelas limitações dos outros.

 

Um exemplo que ocorreu comigo:  acusaram-me de ser feminista quando me convém e machista quando me convém.

 

Porque tanto condeno homens que me exigem que saiba cozinhar porque sou mulher e ao mesmo tempo gosto de homens que se ofereçam para pagar a conta.

 

Para mim, seria estranho era eu não correr atrás dos meus interesses. Não é o que é suposto eu fazer? Cuidar de mim?

Se os outros chamam feminismo e machismo isso pouco me importa.

Não quero nem tenho de carregar esse fardo.

 

Aquilo que eu faço com a minha vida e aquilo que os outros aceitam fazer comigo é coisa minha e deles e de mais ninguém.

Eu tenho todo o direito de recusar sair com um homem uma segunda vez porque ele não se ofereceu para pagar o jantar da primeira vez.

Tal como ele tem o direito de não sair mais comigo porque eu não me ofereci para pagar o jantar da primeira vez.

 

Aquilo que eu não posso fazer é de alguma forma minimizá-lo ou menosprezá-lo pela acção que ele teve (ou não teve).

Apenas não vai de acordo com as minhas expectativas, mas com certeza irá de acordo com as outra pessoa. Tudo certo.

 

Respeito-o, ele respeita-me, a vida segue.

 

O que as pessoas fazem mal é que pregam ideais, conceitos, condutas que defendem com unhas e dentes e depois percebem que afinal não podem ser assim tão rectas na vida e acabam a dispersar com comportamentos opostos.

 

São descredibilizados e a real interpretação dos acontecimentos vai ser feita de uma forma errada.

Vão ser misturados conceitos, vai ser gerado mais preconceito.

Esta questão das relações que é uma questão que me interessa particularmente é para ser visto dentro do seio de cada casal.

 

Não tem de vir o machismo e o feminismo fazer parte da historia, mas sim tem de se garantir que as pessoas envolvidas são ambas felizes e realizadas com a relação que têm. É apenas e só o que importa.

 

Eu já tive uma relação com um homem que não tinha capacidade financeira para frequentar os lugares que eu gostava e nem pensava duas vezes em pagar-lhe o que ele consumisse. Paguei, muitas vezes e durante muito tempo e pagaria de novo.

Porque o prazer que me dava tê-lo comigo era mais do que o meu dinheiro comprava.

E de forma pratica, se eu não queria, vamos supor, jantar, nos sítios onde ele podia ir, então cabia-me a mim decidir se queria pagar e ir onde gostava ou não pagar e ir onde não gostava.

 

Procuramos uns nos outros aquilo que necessitamos. 

Inconscientemente filtramos pessoas para cada ocasião, para cada partilha, para cada viagem.

Uma relação é um acordo que ambos assinam para seu próprio proveito.

 

Não tem de vir um terceiro dizer que é errado ou certo aquilo que lá se passa.

Tentar catalogar, meter tudo dentro do mesmo saco.

As únicas vozes que devemos ouvir é a da nossa consciência e da pessoa que está connosco.

 

O resto é ruído.

 

Os tipos de amigos que tenho no Facebook

Bom...

 

Às vezes faço scroll no feed do Facebook e vejo com cada coisa que só me apetece é ganir.

 

A desgraça alheia é coisa que sinceramente não tenho muita paciência para ver.

Nem isso, nem posts de bébés...

Às vezes até percebo as pessoas que dizem que me vão bloquear por estar sempre a publicar coisas de animais...

 

Há de facto comportamentos que dão que pensar neste mundo virtual que é esta grande rede social.

Depois de reflectir sobre isto penso ter conseguido colocar por escrito toda a tipologia de amigos que tenho no meu Facebook.

Vejamos.

 

  • Alguém solteiro em busca de namorado (o chamado "ganda maluco" ou "ganda maluca") que é aquela amiga ou amigo que está solteiro forever e que lhe custa imenso encontrar alguém com quem assentar, ou talvez está demasiado habituado à vida libertina para se querer prender. Normalmente coloca fotos sensuais e super produzidas passadas em festas noturnas e nos melhores spots sociais do momento. Se é amigo homem normalmente só coloca likes nas minhas fotografias quando estou acompanhada com amigas boas que ele quer sacar (se ela estiver tagada na foto ainda provavelmente lhe lança um pedido de amizade).
  • Alguém que namora desde o secundário e que vai passar férias ao Algarve desde 1995 e nunca pensou em mudar de sitio de férias. Postam aquelas fotos sempre ao pé de rochas, no mesmo sitio todos os anos, abraçadinhos. O único entusiasmo que tenho de ver aquelas fotos é de observar as alterações que se vão dando no aspecto do casal. Barriga a crescer, cabelo a cair....essas coisas boas. São também normalmente estes casais que ao estilo kamikaze social de um dia para o outro sacrificam uma das contas de Facebook e criam apenas um para o casal ("Ana e João").
  • Alguém que foi mãe pela primeira vez e que está a odiar mas não quer transparecer e que só sabe por posts sobre como é duro ser mãe. São normalmente mulheres que passado uns meses começaram a postar receitas culinárias porque simplesmente já desistiram de viver.
  • Alguém que está a adorar ser mãe e faz do Facebook um álbum de fotografias dos filhos. Coloca também vídeos dos filhos a dançarem e a fazerem coisas que apenas elas acham engraçado. São normalmente aquelas amigas que depois quando as vejo presencialmente ainda dizem "Viste aquele vídeo que postei do Guilherme a dançar?" e eu respondo "Qual deles? Colocas um de 5 em 5 segundos...".
  • Alguém que começou a namorar recentemente. Digamos...1 semana. Colocam fotos dos imensos passeios que dão juntos pela Ericeira, pelo parque Buddha Eden (este é um clássico), pelos concertos todos do Meo Arena....São normalmente os mesmos que passado um tempo em estilo panela de pressão, normalmente o homem, deixa quase de ter Facebook próprio uma vez que a namorada farta-se de postar coisas na cronologia dele. Normalmente conseguimos ver uma diminuição da quantidade de dentes à mostra na fotografia do membro que já está em sofrimento. Uma solução que alguns adoptam é passar a sair em manada com mais casais que também já não se suportam.
  • Aquelas pessoas que terminaram um relacionamento há pouco tempo então começam a sair com as amigas outra vez. Parece que querem mostrar a todo o custo o quão felizes estão apesar de passarem dias a chorar agarradas à almofada. Normalmente desconfio sempre que o namoro terminou quando vejo mais de 3 fotografias num bar ou discoteca e o namorado não está presente. Tenho a confirmação quando vejo fotos de viagens com amigas para um sitio qualquer. Normalmente são cidades europeias para não ser demasiado romântico e ficarem tentadas a cometer o suicídio.
  • Aquelas pessoas com negócios próprios. Sempre a postar coisas relativas a isso e a convidarem para colocar gosto aqui e ali e eventos e o raio que os parta. Então se forem pessoas da Herbalife, até a fotografia de uma zebra serve para publicitar os batidos. Nestas pessoas também noto um comportamento muitas vezes de interesse no sentido em que comentam as minhas fotos e colocam likes nos meus posts mas parece-me tudo apenas para eu retribuir e por consequência ir visitar a página deles...
  • Jovens adolescentes com opinião sobre tudo e tempo para escrever testamentos. Declarações sobre a mãe, a avó, o cão que morreu, a namorada que é a mulher da vida dele, o amigo que o traiu e dissertação sobre como não devemos confiar em ninguém e só interessa quem está, fotografias com língua preta da vodka preta e uma declaração de como foi a noite mais feliz da sua vida e como quer manter esta juventude para sempre e por aí adiante. Normalmente eu sinto-me sempre de consciência pesada de não ir lá comentar a avisa-lo de que já todos passamos por aqueles sentimentos antes de nos tornarmos nos monos cinzentos que somos. Ou então um "espera até começares a trabalhar", mas tenho pena então ponho só like.
  • Tias, mães e familiares em geral acima dos 50 com pouca prática com computadores. Fazem gosto em publicações que não era suposto fazerem como por exemplo imagens sexys de costas na praia a fazer topless....muitas vezes até comentam obviamente nunca sabendo que deveriam desligar o CAPS LOCK e dependendo do grau académico ou do jeito para o teclado podem até dar com cada gafe capaz de destruir a vida social de qualquer um. Por vezes podem também aprender como fazer tags e postam uma fotografia em bebe com as pequenezas à mostra. Neste caso é sempre bom ter a regra de segurança activada para não permitir na cronologia...
  • O resto onde se incluem pessoas que aceitei como amigo às 06:00 encostada a um caixote do lixo no cais sodré só porque me deu lume. São normalmente identificados por vários likes (às minhas fotos) no mesmo dia ou então por publicações estranhas....escusado será dizer que têm um ciclo de vida curto.

 

Beijinhos,

 

Podenga

Abre os olhos

Abre os olhos

Sei que são inglórios

Os investimentos em alguém

Que não olha a quem

Esteja do lado de lá

 

Abre os olhos

E enxerga

Que aquilo que não verga

Rapidamente irá partir

 

Abre os olhos

Menina sonhadora

Aquilo que ele foi outrora

Não vai ser novamente

 

Abre os olhos

Não fiques admirada

Que a decisão que foi tomada "de repente"

Só o foi na tua mente

Porque na dele

Foi planeada.

 

By: Podenga

Falta de palavra mata-me

Sou uma pessoa que dificilmente se chateia com alguém ao ponto de cortar a relação com a pessoa.

Acho que há sempre forma de conversar e entendermos o outro lado.

Contudo, há coisas que até não matam imediatamente uma relação, mas que desgastam tanto que prefiro terminá-las de vez.

 

Pessoas sem palavra fazem-me muita confusão. 

Quando eu não sei se vou a algum lugar eu digo que não sei. Quando não me apetece, eu digo não me apetece (não exactamente com estas palavras).

Não vou deixar a pessoa hipotecar a vida dela quando eu já sei que existe alguma probabilidade de eu falhar.

Mas também quando digo vou, as pessoas podem ter a certeza que vou.

 

Custa-me muito falhar com os outros porque sei o quanto me custa quando falham comigo.

Pessoas sem palavra para mim é simplesmente repugnante.

Alguém que não tem respeito pelo tempo e dedicação que alguém teve para que passassem um momento agradável.

Quando eu decido dedicar tempo da minha vida a uma pessoa espero que (no mínimo) ela retribua. 

 

Há coisas que eu não faço e por isso não gosto que me façam a mim. Tento sempre dizer às pessoas que convivem comigo as atitudes que não gosto pois prefiro dizer que não gosto do que depois me digam a bela frase "Não fiz por mal".

Quando a outra pessoa sabe (porque já lhe disseste) que não gosta de certa atitude, essa desculpa já não pega.

 

Exemplos:

 

  • "Temos de combinar" - As pessoas "temos de combinar" normalmente duram pouco tempo no meu catálogo de amizade. Este colocar em pausa uma acção, mas demonstrar dizendo de tempos a tempos a tamanha vontade que tem de me ver para mim é igual a dizer-me "Não posso estar contigo" ou "Não quero estar contigo", só que pior. Porque quem me diz directamente que não pode, ou não quer, eu consigo gerir, agora quem me quer colar um atestado de estupidez na testa, já não. Antigamente, ainda me chateava com isso, agora limito-me a não alimentar esse tipo de relações. A menos, claro, que a pessoa perca o pingo de vergonha que tem na cara e ainda me questione o porquê de eu não lhe responder às mensagens. Aí, deixo sair tudo cá para fora...santa paciência.
  • "Logo de vê" - As pessoas "logo se vê" normalmente têm 2 facetas. Ou dizem logo se vê porque são aquele tipo de pessoal relaxada, chill out, que não tem grandes preocupações na vida e por isso não quer pensar nisso antecipadamente ou então são aqueles "logo se vê" que vão ver se existe oferta melhor e se houver inventam uma desculpa, se não houver, juntam-se. Quando são planos em grupo, e o facto dessa pessoa se poder juntar depois não destabilizar a vida dos demais, então tudo bem, agora quando tem de se repensar na logística toda, está mais que visto que além dessa pessoa não participar dessa vez, nunca mais é convidada. Aumenta o mal quando quero tentar combinar alguma coisa a dois.
  • "Desculpa, não vai dar" - Pessoas "desculpa, não vai dar" são aquele tipo de pessoas que tu convidas para alguma coisa, parecem super entusiasmadas no momento e até participam na organização, mas dias antes da coisa realmente se materializar ficam em silêncio. Simplesmente não falam do assunto, como se nem se lembrassem do importante evento que vai ocorrer. Depois chega o momento e ela diz "Desculpa, não vai dar". Isto comigo normalmente ocorre em dois momentos, ou quando a pessoa tem de pagar alguma coisa e por isso não quer estar gastar dinheiro já sabendo que não quer ir, ou mesmo tendo já gasto dinheiro desiste porque começou a pensar e viu que afinal não quer assim tanto. Normalmente a desculpa mais habitual é terem-se deixado levar pela minha excitação no momento de combinar. Obviamente, nunca mais será convidada\o.
  • "Estou a sair" - Pessoas com quem combinaste às 20:00 e dizem-te que estão a sair de casa às 20:00, mas depois piorando a situação ainda chegam ao pé de ti às 21:00 porque não encontraram lugar, porque havia transito, porque bla bla bla. Chegar atrasado é uma coisa que pode acontecer uma vez, mas não sempre. Não consigo entender atrasos, muito menos de 1 hora ou mais.... Se eu organizo a minha vida para que as 20:00 esteja com a pessoa é uma falta de respeito tremenda a outra pessoa não o ter feito. E pior! Faz a outra pessoa esperar porque sabe que ela vai esperar. Engraçado que estas pessoas nunca perdem voos....

 

Isto tudo porque marquei férias com um rapaz em Agosto.

Reservei hotéis (alguns reembolsáveis outros não).

Agora em Junho diz-me que afinal não se sente confortável em ir.

Fiquei extremamente desiludida com a atitude dele, principalmente porque se já não vou com ele, fico limitada para escolher outra opção ou para me juntar a alguém.

Quando lhe perguntei se não queria mesmo aproveitar pelo menos só os hotéis não reembolsáveis a única coisa que me perguntou foi o custo de cancelamento (que obviamente seria ele a suportar e não eu).

Ao qual lhe respondi que eram de 163€ e achou demasiado dinheiro.

Como se o que importasse fosse o dinheiro...e não a atitude sem carácter deste germe da sociedade.

É bom que comece a saber que há consequencias quando não se tem palavra.

Pessoas que na cama ficam desinteressantes

Uma vez apaixonei-me por um rapaz super giro.

 

A vontade de lhe saltar para cima era tanta que eu literalmente autoconvidei-me para ir passar um fim-de-semana ao Algarve com ele.

Ele trabalhava lá mas estava de férias cá quando nos conhecemos em Lisboa.

 

Aí fui eu, A2 a fora, com aquele sorriso maroto, a cantarolar as musicas todas da rádio a imaginar-me já na minha sexy lingerie com ele no quarto bla bla bla.

 

Cheguei lá e ele preparou o jantar para nós (uau, fiquei super impressionada, nem quis a minha ajuda).

Comemos na sala, falamos sobre a ex-namorada dele que depois de 7 anos de namoro o trocou por um colega de trabalho (confesso que a esta altura já so acenava com a cabeça porque o que queria mesmo era levá-lo para a cama).

 

Depois do jantar ele sugeriu vermos um filme (eu só pensava "ai diabo que ainda vou é adormecer no sofá....").

 

Lá fomos nós para o sofá de barriguinha cheia ver um filme...tão queridos.

Já estava a fazer cálculos matemáticos para me manter acordada quando de repente me lembrei de começar a provocá-lo (não tinha feito 200 km e gastado uma pipa de euros para ir lá jantar e ver um filme não é!!!!)

A esta altura confesso já devia ter notado que algo de mau se antecipava...mas estava mesmo concentrada nele.

Lá nos começamos a beijar e eu a pensar que finalmente íamos fazer sexo louco naquele sofá.

 

Mas não...diz-me para irmos para o quarto...que queridos outra vez.

 

Chegado ao quarto, puxo-o para cima da cama já em acto de desespero quando ele pára e diz: "Vou por musica ok?"

Eu já naquela...."Épa até podes por uma bola de espelhos na cabeça....."

Posto isto, lá demos inicio finalmente ao que interessava.

 

Eis que passado 5 segundos de termos começado me apercebi da particularidade dele: Era mudo no sexo.

 

Completamente mudo.

Tão mudo que quando lhe recomendei fazermos à canzana, só tinha a certeza que ele não estava morto porque ainda continuava a fazer os movimentos pélvicos correctamente.

Mas nem um gemidozinho...baixinho...

Uma respiração ofegante....

Nada

 

Sentia-me a fazer sexo sozinha...

 

Ele faz mais barulho a beijar do que a fazer sexo.

Não....um espirro dele faz mais ruido do que 30 minutos de sexo intenso.

 

Confesso que fiquei desiludida.

Como é que alguém com tão boa pinta, tão boa conversa, tão bom beijo.....

Ah....sem mencionar que os preliminares dele foram beijos na boca...

Acho que nem me apalpou o rabo.

 

Que estranho.

O dia depois do não

Queres ficar sem falar

Rir, amuar

Aquilo que tu sabes usar

Para me fazer enlouquecer

Mas ouve meu menino

Desta vez não me redimo

Não fiz nada para merecer

 

Passam dias e dias

Sempre a seguir orgias

De conexões virtuais

 As armas nucleares

Que usas contra mim

E me faz sentir assim

Invisível por querer

 

São horas e minutos contados

De vigilância aos teus vários estados

Que teimo em controlar

Como se isso indicasse

Alguma impossibilidade

Ou uma falta de vontade

De comigo falar

 

São noites e manhã vazias

As mensagens que antes recebia

Agora não recebo mais

A escuridão da briga levou

Aquilo que o tempo conquistou

 E não vão voltar iguais

 

Mas o tempo é aliado

Ajuda a esquecer o passado

E a deixá-lo atrás onde pertence

Por isso vou vivendo cada dia

A pensar como será o dia

Que me apaixonarei novamente

 

By: Podenga

 

 

Como reagir quando ele volta e te quer de novo

A propósito do meu ex-lover que voltou a rondar-me tenho tentado não pensar muito nisso e manter-me focada noutras coisas.

No entanto hoje, e bem ao estilo dele, enviou-me uma mensagem no Facebook com um evento que ele está a organizar em Lisboa e disse-me "Não queres passar lá?" ao que eu respondi "Não posso". 

 

Claro que podia. Mas não quero que seja assim, se for para ser.

Quero sentir-me única e especial e não ir a um evento onde ele vai ter 300 pessoas de volta dele e eu vou ser mais uma troll que vai la estar porque quer vê-lo tal como as outras que lá estão que possivelmente também se enrolaram com ele.

 

Nisto pus-me a pensar na importância de nos posicionarmos nestes momentos de negociação ou jogos como queiram chamar.

 

"Remember why you started"

Sei que tendemos a esquecer as coisas más e a lembrar apenas as coisas boas (então apaixonadas meu deus), mas é sempre bom fazer uma retrospectiva e relembrar o que sentiste quando ele te deixou para não deixares o deslumbramento tomar conta das tuas acções.

 

"Vende-te caro"

Este gajo, ao convidar-me para uma festa com mais de 300 pessoas o que me esta a dizer é "Tu vales 10" e eu ao não ir estou a mostrar-lhe "Não meu bem, eu valho 1000". Estão a perceber a ideia?

Estou a posicionar-me num local da árvore das patacas que ele terá de se esforçar bem mais para lá chegar.

Esforço que ele só fará se quiser de facto estar comigo.

É importante mostrarmos que sabemos o nosso valor e não ser só eles dizerem "Aparece, vem cá...." que lá vai a menina.

Se pusermos o esforço na balança, quem teve mais? NÓS. É justo? Não. Então se começamos logo assim, não é bom prefácio.

 

"Pior que ser é parecer"

Isto de ser um livro aberto e muito transparente às vezes é um pau de dois bicos. Não sou apologista de jogatanas de engate, mas neste caso não é bem disso que estamos a falar certo? Nestes casos o que estamos a fazer é dar uma oportunidade ao outro de fazer diferente.

ESTAMOS A DAR UMA OPORTUNIDADE!

E portanto com calma, ao primeiro vislumbre de interesse não podemos logo sair da toca e entregarmo-nos ao bandido.

 

Pior do que estar desesperada é parecer desesperada. Quando digo desesperada é no sentido da saudade, no sentido de todo o teu corpo querer ceder e ir correr para os braços da outra pessoa. É lutarmos contra os nossos próprios impulsos.

Ele não se pode aperceber que estás em esforço senão pode virar isso contra ti!

Coisas como....fingir que apareces nos locais que sabes que ele vai estar para parecer coincidência (como já me aconselharam para fazer) e depois chegar lá e ignorá-lo, não funciona!

 

Simplesmente lhe vais estar a dizer que tiveste todo um trabalho de análise e planeamento para fazeres aquele teatro todo e portanto ele significa algo para ti muito maior que se calhar ele pensava.

Sê assertiva e congruente com o que dizes. Se por acaso se encontrarem no mesmo local, fala com ele, mas não o trates como alguém importante.

Mostra-lhe que a crosta dura que tens à tua volta foi ele próprio que criou fazendo-te sofrer anteriormente, mas não lhe mostres que isso te fecta todos os dias da tua vida, mesmo que afecte.

E não te sintas mal por ter criado esse distanciamento e talvez colocares "tudo a perder", pois ele está a colher o que plantou.

Está na hora de chamarmos as coisas pelos nomes.

 

"É pela base que se constrói a casa"

Ou seja, há coisas que só ao inicio fazem sentido ocorrer, levar em consideração.

Uma casa constrói-se pela base não pelo tecto.

É como alguém que te deve dinheiro. Se alguém te deve dinheiro, a probabilidade de lhe emprestares mais é menor correcto? Porque já foste escaldada uma vez.

Aqui é igual. Isso do ficar à espera que ele mostre, dar-lhe tempo e outras balelas não funciona.

Ele já mostrou uma vez quais são as regras do jogo que ele gosta de jogar. Se as regras tiverem mudado e ele tiver percebido que tu vales a pena, então tem mais é que começar a fazer bem do inicio.

Se ele não te dá segurança para mais, não avances. Deixa-o pisar o caminho que ele proprio construir até ti.

Se ele não fizer nada para merecer, então não terá mais por onde andar.

Porque mais uma vez és tu que estás a investir nele? Não permitas isso acontecer de novo, não cedas.

Ele perdeu a tua confiança, ele tem de conquistá-la e não está a começar do ZERO, está a começar do -2.

Por isso os sinais iniciais são muito importantes para que tu consigas entender se o que ele pretende é mais do mesmo, se está disposta a fazer diferente.

 

 

Beijinhos!

Seja o que for

Seja o que for

Eu espero

Sou sincero

Não tenho pressa, apenas vontade

 

Seja o que for

A que horas chegar

Se tiver de ir buscar

Irei sem problema

 

Seja o que for

Com cheque, cartão ou dinheiro

A prestações ou por inteiro

O dinheiro há-de servir

 

Seja o que for

Estarei com tempo

Disponível a 100%

E sem planos para depois

 

Seja o que for

É como quiseres

Homens ou mulheres

Não há diferença para mim

 

Seja o que for

Vou amar

Abrir, pegar e cuidar

Como se de meu se tratasse

 

By: Podenga

 

Quando te vi partir (poema)

Quando te vi partir deixei-te

Sem reacção ou querer

Porque aquilo que me faz sofrer

Também me fortalece

 

Quando pediste e imploraste

Que fosse eu também

Não me deixei influenciar por quem

Nunca teve um acto de amor comigo

 

Quando abri os olhos e vi

Aquilo que à minha frente passava

Deixei-me ficar deslumbrada

Por tanta falta de vista

 

Quando chorei por ti aquele dia

Chorei tudo e de uma vez

Não existem mais porquês

Que queira ver respondidos

 

Quando te vi partir deixe-te

Sem mais nenhum argumento

Larguei as tuas cinzas ao vento

E segui caminho sem ti

 

By: Podenga

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