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A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

A Podenga Portuguesa

Mulher dramática, pensativa, inquieta, feliz e infeliz. Que carrega o peso do mundo nas costas. Que é filha da mãe natureza. Acredita no amor, na empatia, na verdade, na hipótese.

Como descobrir o meu caminho?

Há tempos quando me despedi pela segunda vez em menos de dois anos tive a possibilidade de ter uma sessão de coaching com um senhor que admiro muito.

 

No final da sessão que durou um dia inteiro ele disse-me "Tudo aquilo que não quiseres enfrentar agora vai voltar mais à frente e ainda mais forte".

 

Esta frase ficou-me na memória até hoje, principalmente porque depois de me ter despedido nada melhorou relativamente à minha frustração com a minha vida profissional.

 

Neste momento e depois de quase um ano fora da minha "área" de formação, continuo perdida e sem saber para onde ir.

 

Às vezes chego a pensar que o meu mal é apenas ser preguiçosa.

Se calhar não gosto mesmo é de fazer nada.

Se calhar sou só uma mimada filhinha dos papás.

 

Mas, será?

 

Olho à minha volta e parece que ninguém se sente como eu.

Até não adoram o trabalho onde estão, mas ganham bem então permite-lhes fazer outras coisas, ou até ganham menos mas gostam do que fazem.

Eu não, nem gosto do que faço nem ganho muito dinheiro, nem nada.

 

Sinto-me totalmente e completamente perdida, a ver a minha vida a passar-me à frente sem saber para onde ir.

E o pior é olhar para os meus pais e sentir neles a tristeza de alguém que investiu tanto e com tanto esforço na educação da filha e depositou tantas esperanças naquilo que ela poderia ser e simplesmente nada aconteceu.

 

Já pensei também em voltar à faculdade, mas para estudar o quê?

 

Já pensei em imigrar, mas não tenho coragem de o fazer sozinha e todos os amigos que tenho estão em Londres o que me parece que seria um destino que ainda me enviaria mais rápido para o abismo.

 

Este ano tenho de tomar um rumo, não posso deixar outro ano passar sem qualquer realização pessoal.

Mas o que ando eu cá a fazer afinal?

 

Sem realização profissional no trabalho, sem namorado, sem filhos...

 

Que diferença faço eu no mundo afinal?

Quem sou eu?

 

A tortura de o ver "Online" - quando o apagar do Facebook?

Não sei se isto é um drama só meu, mas tenho-o frequentemente.

 

Sou uma mulher que exijo muita atenção dos homens por quem me apaixono e portanto ele estar online no Facebook e não me falar para mim é uma autêntica tortura.

 

Pior, sou daquelas que abre a janelinha e vê há quanto tempo ele esta offline!

Uma verdadeira stalker, que horror!

 

Adiante.

 

Quando a relação está boa, eu própria ponho conversa com ele e não fico à espera que seja ele a vir falar comigo, agora, quando a relação está mal e eu estou à espera que ele se venha "redimir" a qualquer momento, aí, por mais que me torça toda não posso permitir que o meu desejo de atenção me faça ir de rabo entre as pernas (a menos que ache mesmo que a culpa foi minha) falar com ele.

 

Muitas vezes eu penso, ok é desta, vou apagá-lo.

 

Mas depois não consigo fazê-lo porque:

1- tenho medo que ele não venha atrás de mim.

2- tenho medo de ter tantas saudades que eu, apesar de o ter apagado, lhe envio uma mensagem (humilhação máxima).

3- tenho medo que ele com a atitude que eu tive perceba que claramente eu não sou o que ele procura e termine qualquer hipótese de voltar a estar comigo (por exemplo através de uma ultima mensagem do género "Eu não acredito que tu me apagaste....") e depois fique a sentir-me culpada por tê-lo feito.

 

Ao escrever isto tudo até já me está a custar acreditar no que estou a escrever.

E ao distanciar-me da (minha) história, consigo analisá-la e perceber o que eu acho fingindo que não é sobre mim que estou a escrever.

 

Ponto 1

Ele pode estar a pensar o mesmo que tu, aí tens de seguir aquilo que sentes com base naquilo que conheces da pessoa e naquilo que conheces de ti própria. Espera uns 3 dias até tomares uma decisão. Vê se ele vem atrás de ti.

 

Ponto 2

Pode mesmo dar-lhe jeito que tu te vás embora porque ele já não queria mais nada contigo. A rejeição gera obsessão, se pensas que é esta a hipótese então apaga-o mesmo, porque se já tens tendências de stalker então a coisa vai piorar e vais entrar no mundo da Diva Depressiva.

 

Ponto 3

Independentemente da decisão que tomares, se ele gostar de ti ou sentir a tua falta, tal como tu sabes que o farás, ele vem falar contigo, portanto no limite é um bocado indiferente aquilo que faças porque aquilo que vai comandar a reacção dele não é a tua acção mas sim a importância que tens para ele.

 

Com isto acabo de perceber que se calhar o melhor é esperar 3 dias sem lhe falar e se ele não me disser absolutamente nada apago-o.

Raios parta!