Eu sou
Eu sou um turbilhão de coisas
Por isso eu sou tudo e eu sou nada
Por isso não me definem com uma só palavra
Mesmo quem tentou desistiu
Eu sou as pessoas que conheci
Os sorrisos que dividi
Os que trouxe comigo
E guardei escondidos
No fundo do cofre
Eu sou o hoje o ontem e o amanhã
Aquilo que fui e que desejei ser
Aquilo que ainda está para vir
E que teima em não chegar
Eu sou os genes que carrego
Corações que não sossego
Por não saber ser só isso
Adoro o reboliço
Que o choque de gerações provoca
Eu sou aquilo que os olhos podem ver
Não há nada mais a esconder
Nesta transparência defeituosa
Em tempos perigosa
Para quem quer sobreviver.
By: Podenga